Comunicado 04/2017

COMUNICADO 04/2017

REUNIÃO RH/DOP

No seguimento de um pedido de esclarecimento à DOP sobre os novos horários da linha Azul e Verde, recebemos da RH um pedido de reunião conjunta com a DOP. Esta reunião teve lugar hoje pelas 10h30 e estiveram presentes a Dra. Paula Martins e o Eng. Tiago Silva. Pelo STMETRO estiveram presente Artur Fernandes, Luís Nunes e Carlos Macedo.

Esta reunião foi dividida em duas partes, sendo a primeira para tratar de assuntos relacionados com a DOP e a segunda de assuntos com a RH.

Perguntámos qual a razão da implementação dos horários com comboios curtos na linha Azul e colocámos algumas questões relativamente à proposta de horários para a linha Verde.

O Director da DOP informou-nos que a implementação do novo horário da linha Azul se deveu à falta de material circulante e ao programa de manutenção preventiva, que resultavam em haver constantemente comboios suprimidos. Disse ter ponderado duas hipóteses (a supressão de um comboio em gráfico e os comboios curtos em hora de ponta). Destas optou pela segunda por ser a que assegurava maior oferta no troço em que havia mais afluência de passageiros (mais 10%) e resultando uma diminuição da oferta no troço Reboleira/Pontinha, considera não ser tão prejudicial devido a este troço não ter a afluência que se julgaria de início.

Relativamente às questões relacionadas com os novos horários da linha verde, disse estarem todas de acordo com a Lei e respeitarem o nosso AE. Confrontado com alguns factos, como por exemplo existirem serviços em que pode haver a supressão de um comboio, se o Maquinista usar a tolerância dos 15 minutos consagrada em AE, informou que era um risco calculado e que a empresa estava disposta a corrê-lo. Em relação aos serviços eliminados dos novos horários, disse-nos que os Maquinistas serão distribuídos pelas quatro linhas e colocados em serviços de reserva, sendo o critério de selecção o de mais novo na função na linha. Sobre os horários com tempos de tripulação “esticados” até ao limite, disse respeitarem o AE e que devido à falta de recursos humanos necessitava de “aproveitar até ao máximo” os tempos permitidos de tripulação. Colocámos a questão de haver algumas ausências por assistência à família não justificada e após alguns rodeios da parte do Director percebemos que se baseia no nosso AE, nomeadamente na alínea p), artigo 2º, capítulo I do anexo V “As que forem impostas pela necessidade de prestar assistência inadiável aos membros do seu agregado familiar, nomeadamente em caso de acidente ou doença”. APELAMOS A TODOS OS TRABALHADORES PARA QUE, CASO NECESSITEM DE PRESTAR ESTA ASSISTÊNCIA A ALGUM ELEMENTO DO SEU AGREGADO FAMILIAR, APRESENTEM A JUSTIFICAÇÃO DO MÉDICO OU DOS SERVIÇOS MÉDICOS NESSES TERMOS (necessidade de prestar assistência inadiável). Sobre os “castigos” que os Maquinistas sofrem por não poderem fazer tempo extra, disse não ver mal algum em não deixar o Trabalhador sair antes da sua efectiva hora de saída, se este também não estiver disposto a trabalhar para além do seu horário.

Reafirmámos uma vez mais o entendimento do STMETRO sobre o pagamento do tempo extra em fracções mínimas de 30 minutos e explicámos que esta posição reflectia a vontade dos Trabalhadores que ouvimos sobre esta matéria e a práctica de longos anos nesta empresa. Sobre isto a Dra. Paula Martins afirmou reconhecer essa práctica noutros tempos, mas que ia apresentar uma regulamentação sobre esta matéria para a adaptar aos tempos actuais (eventualmente pagamento ao minuto nos primeiros quinze e depois fracções de 15 minutos).

O Director da DOP reconheceu que teria falta de Maquinistas no verão devido às férias, mas que contava recorrer ao pagamento de tempo extraordinário para minimizar este problema.

No final desta primeira parte informámos que iriamos enviar em breve o parecer do STMETRO sobre os horários da linha Verde.

II

Na segunda parte da reunião foram abordados alguns assuntos relacionados com a RH e apenas esteve presente a Dra. Paula Martins.

Em resposta às nossas perguntas, fomos informados que iria ser apresentada uma proposta na reunião do dia 28 de Abril entre os Sindicatos e a Empresa, para resolver as avaliações dos anos de 2013 a 2015, que a avaliação de 2012 iria ser aplicada para os Trabalhadores que foram alvo dela, sendo apresentada uma proposta para os Trabalhadores que não foram avaliados nesse ano. Sobre a avaliação de 2016, serão distribuídos pelos avaliadores os processos no decorrer da próxima semana. Existe alguma urgência por parte do RH em resolver esta situação para que se possa aplicar o OE sobre esta matéria e fazer os respetivos processamentos em Junho de 50% do valor em causa.

Sobre os cursos para OC e Maquinista, disse-nos que estes irão ser lançados também na próxima semana e que numa primeira fase serão para 20 OC’s e 10 Maquinistas. Colocada a questão do compromisso, quer da tutela, quer do anterior CA, para o dobro destes números, respondeu-nos que neste momento seriam estes os números de vagas. Informou-nos também que tinha sido desbloqueada a restrição de os AT’s serem no mínimo D3 para poderem concorrer. Assim terão de ter um mínimo de 3 anos na função e passar nos exames psicotécnicos e médicos para poderem concorrer a OC. Referiu também que os OC’s provenientes da bolsa de factores terão prioridade, caso estejam aptos.

Alertamos para algum clima de assédio que continua a existir nalgumas áreas da Empresa e sobre isso ficou de se informar pessoalmente dos casos que identificámos.

Irão ser retomadas as reuniões técnicas sobre o regulamento de carreiras, alertando-nos no entanto a Dra. Paula Martins que não existe possibilidade, de neste momento, haver alterações que impliquem ganhos monetários para os Trabalhadores.

Terminámos assim esta primeira reunião com a nova Directora dos RH. Notámos uma postura totalmente diferente, mais activa e conhecedora da realidade ML, da nova Directora dos RH. O tempo nos dirá se se traduzirá em resultados mais positivos para os Trabalhadores e para esta Empresa.

O nosso compromisso de transparência e informação é total para com os Trabalhadores desta Grande Casa.

O STMETRO mantem a sua postura de lutar para que os Trabalhadores voltem a ser tratados com a dignidade e o respeito que merecem, por uma vida de sacrifícios ao serviço desta empresa e do serviço publico que prestamos às populações …….

O STMETRO é o TEU Sindicato….

A Direcção

18 de Abril de 2017

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